Arte? Liberdade? Grito dos excluídos? Aumento da criminalidade? Vandalismo?
Quando o tema é "pichação" Perguntas e soluções se misturam no emaranhado de vozes nos muros de cachoeiro de Itapemirim.
Nas ultimas semanas vem sendo bastante abordado o tema na mídia local de cachoeiro;
" Algo acontece na calada da noite em Cachoeiro de Itapemirim. E amanhece o dia, fica evidente que a cidade vem tomando, dia a dia, contornos complexos e polêmicos: há meses, o fenômeno da pichação vem crescendo nas ruas da cidade, como já ocorre há décadas e décadas nos grandes centros urbanos."

Porem se observarmos bem, na pacata cidade temos apenas um local que pode ser considerado área de
lazer para o jovem/adolescente "O circo da cultura" onde possuímos uma pista de skate anexo a praça de Fátima na Av. Beira rio; Local este que foi abandonado pelos órgãos competentes da cidade.
Em entrevista a edição 20 da revista ( Lugar de NOTICIAS) Marcio Damartini, professor de historia e diretor de escola cita sobre a falta de espaço para juventude;
Na cidade mão tem espaço pra juventude. os espaços pra juventude são muito poucos, são difíceis. O jovem da periferia então, é muito difícil. As possibilidades de entretenimento, de lazer, de diversão, são muito poucas, são pequenas. As tribos, a galera que faz um determinado tipo de arte, o que eles questionam é que? Que existe espaço pra veículos, pra uma coisa, pra outra, mas pra juventude não existe.
O secretário de Meio Ambiente, Gustavo Coelho diz o seguinte em parte da entrevista;
[...] vale ressaltar que há quem entenda que a pichação se configura no "grito dos excluidos" e que é geralmente praticada por menores, o que é uma inverdade. Estudos apuraram que os praticantes não pertencem em sua maioria à classe economicamente baixa, foi também constatado que a idade varia na proporção de 50% entre menores e maiores alterando-se entre 13 a 35 anos.

As duas artes, contudo, têm um contexto social parecido. Elas visam intervir na paisagem urbana, fazendo com que a população reflita sobre o que está sendo representado ali. Apesar de andarem sempre às margens da sociedade, o caminho dessas duas artes se diferenciou nos últimos anos. Enquanto a pichação continua sendo discriminada, o grafite brasileiro ganha cada vez mais espaço, inclusive fora do país, onde nossos artistas são chamados para montarem diversas exposições. Hoje, o grafite brasileiro é considerado um dos melhores do mundo, se não o melhor.
O grafiteiro e musico capixaba Breno Kalic é exemplo vivo, mais conhecido como "Ficore Kabelera" o artista esteve na Europa em 2013, onde participou de alguns shows e modalidades urbanas.
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Arte feita por Ficore foi reconhecida e tombada como patrimônio cultural na Itália. |
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Por: Rodrigo Souza
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